Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2012

Imagine que tem um ginásio e deseja lançar uma campanha promovendo-o. Existem muitas imagens que lhe podem vir à cabeça – mas um campo de concentração, provavelmente, não faz parte delas. A não ser que seja um dos responsáveis pela última campanha do The Circuit Factory.

 

O ginásio, localizado no Dubai, lançou uma campanha no Facebook utilizando uma imagem do campo de concentração de Auschwitz, acompanhada pela frase “Kiss your calories goodbye” (“despeça-se das suas calorias”). Segundo o diretor do ginásio, o objetivo seria comparar o ginásio a um “campo de concentração sem calorias, em que os sócios podem solucionar problemas de peso forma eficaz” – assim como os nazis solucionaram o “problema” dos judeus?

 

 

 

 

Os protestos instalaram-se rapidamente na página do ginásio, levando à retirada do post e a um pedido de desculpas. Mas os danos já estavam feitos. Por toda a internet, em diferentes línguas, discute-se o caso do The Circuit Factory. E há quem identifique o erro crasso como sendo tão absurdo que só pode, mesmo, ser intencional… Na verdade, Phil Parkinson, o fundador do ginásio, disse em entrevista que as páginas do ginásio nunca tinham visto tanto movimento: “chegou ao ponto em que tenho medo de não conseguir dar resposta a tantos pedidos”, assumiu.

 

Ainda assim, se o que o ginásio pretendia era um “golpe de génio”, os especialistas alertam para as consequências deste fenómeno que se tem vindo a repetir nos media sociais: não, nem toda a publicidade é boa publicidade. E um pico de atenção e popularidade não compensa, nem por sombras, o valor de se ter uma boa e sólida imagem. “Associar a sua marca ao sofrimento humano como meio de conseguir visibilidade revela um ponto de vista muito limitado e pode ter efeitos muito amplos”, comentou Eileen Wallis, de uma empresa de relações públicas do Dubai. Em Portugal, Carlos Coelho, da Ivity, também se debruçou sobre este caso, considerando-o um exemplo de “falsa inocência”: “É impossível não sentir consciência coletiva. Eles sabiam que iam ofender muita gente.” Sobre as consequências da campanha, o criativo recordou o caso da marca de roupa Bonsai que, após o escândalo envolvendo Pinto da Costa e Carolina Salgado, utilizou a imagem desta última para se promover: “Realmente foi muito falada, mas hoje alguém sabe o que é a Bonsai? Ser falado é fácil, a questão é sê-lo de forma positiva”.

 

Fontes: Açoriano Oriental

             The Huffington Post

 

 

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publicado por blatitudes às 11:55 | link do post | comentar

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