Pouco tempo depois do suicídio de Amanda Todd ter reacendido o debate acerca de segurança online e cyberbullying, sobretudo no caso dos jovens, um estudo da Internet Watch Foundation vem sublinhar a necessidade de proteger e esclarecer os mais novos acerca dos perigos da internet.
Entre os jovens, é cada vez mais comum a troca de mensagens de cariz sexual, muitas vezes incluindo fotografias ou vídeos de si mesmos em situações comprometedoras. E, de acordo com o IWF, já existe uma verdadeira indústria de “sites parasitas” que se alimentam destes conteúdos, espalhando-os vezes sem conta.
Ao longo de quatro semanas, a IWF analisou mais de 12 mil imagens e vídeos publicados online, em sites e redes sociais, e concluiu que 88% desses conteúdos já estavam difundidos nos sites parasitas.
As consequências ultrapassam as barreiras do online, como a história de Amanda Todd mostrou. Em alguns dos casos observados, as imagens são associadas aos nomes reais dos jovens, acabando por ser facilmente encontradas através de pesquisas em motores de busca. “Há uma imagem explícita que tirei quando era mais nova, aos 15 ou 16 anos, e que nunca publiquei na internet… Aparece na primeira página de motores de busca quando pesquisam pelo meu nome, o que pode pôr em risco qualquer futura carreira que eu queira seguir ou estragar a minha relação com a minha família e amigos, caso se deparem com ela”, referiu uma rapariga, no âmbito do estudo.
E por mais mecanismos de segurança que se instalem, nada pode ser mais seguro que a consciencialização dos jovens: “Precisamos que os jovens entendam que, assim que uma imagem ou vídeo são colocados online, nunca mais serão capazes de os remover completamente”, concluiu Susie Hargreaves, a CEO da IWF.
Fontes: Exame Informática