O vídeo “A Beleza da Simplicidade”, encomendado pelo Turismo de Portugal, tinha como propósito promover o país. Mas apesar dos aplausos do público e dos prémios internacionais, o vídeo produzido pela Krypton Films não se livrou da polémica: é que apesar de destacarem a beleza de Portugal, algumas das imagens foram alteradas.
A descoberta foi feita por Pedro Rocha, um engenheiro eletrotécnico, que ao observar o vídeo percebeu que, entre os minutos 2.59 e 3.03, Lisboa ganhava, de repente, uma nova rua no local onde se deveria situar a rua Braancamp – uma que não existe na realidade. “A adulteração da imagem é bem feita e produzida certamente com o intuito de impressionar devido ao efeito da parte noturna, mas não passa despercebida aos olhos mais treinados e conhecedores da cidade”, referiu ao Expresso. Graças à “clonagem” de prédios e espaços, a rua parece ser uma avenida que desemboca na rotunda do Marquês de Pombal. Além disso, também a Avenida da Liberdade parece inexistente.
Embora não retire o mérito ao filme, o engenheiro não podia deixar de alertar para esta situação: “Deixa-me indignado a forma como ludibriam o público: o português, que não nota e se torna complacente, e o estrangeiro, que desconhece e encaixa o produto como sendo verdadeiro. (…) Será que a cidade é assim tão feia que há necessidade de a estender por repetição? Será que Portugal é parco em conteúdo turístico de verdadeiro valor que seja necessário recorrer à adulteração da própria capital? Enfim…” Confrontado com as notícias, o Turismo de Portugal afirmou à Lusa que o problema “incide sobre uma ínfima parte das imagens, não interferindo no valor estético e promocional” do vídeo.
Recentemente, também a Nokia foi apanhada em falso num vídeo publicitário onde promovia o novo sistema ótico de estabilização de imagem do Lumia 920: afinal, as imagens tinham sido gravadas com uma câmara profissional.
Fonte: P3
Se recebeu um pedido do Facebook para confirmar a identidade de um dos seus amigos online, não se assuste: a iniciativa foi mesmo da rede de Zuckerberg e teve como objetivo combater os falsos perfis.
Segundo o The Verge, há cada vez mais usuários a criar perfis com informação falsa, “desde raparigas que utilizam o apelido Bieber, por causa do seu ídolo, Justin Bieber, até pessoas com más intenções” e passando por aqueles que querem usufruir das regalias da rede sem abdicar da sua privacidade: de acordo com o Facebook, cerca de 83 milhões das suas contas serão falsas.
A tendência, claro, não agradou ao Facebook – além de pôr em causa a segurança dos utilizadores, também se torna mais difícil vender anúncios e criar uma base de dados quando não se sabe quem utiliza, ao certo, os seus serviços. De acordo com os termos do serviço do Facebook, acrescente-se, os utilizadores são obrigados a prestar informações verdadeiras.
Mas a verificação é difícil – senão praticamente impossível – de fazer. Foi por isso que a rede decidiu pedir ajuda aos próprios utilizadores, enviando a alguns deles uma página onde apresentavam um dos seus amigos e lhes pediam que confirmassem se aquele era, ou não, o seu nome real. Como opções, os utilizadores podiam escolher “sim”, “não”, “não sei” ou ainda “não quero responder”.
A medida não agradou a todos – como acontece, aliás, sempre que há mudanças na maior rede social do mundo – e levou a protestos de vários utilizadores e, até, de advogados, como Paul Bernal que comparou o gesto ao dos regimes opressivos, que incentivam a denúncia, acrescentando que o mesmo “ajuda a construir uma atmosfera de desconfiança, destruindo as mesmas coisas que tornam boas as redes sociais.”
Entretanto, o Facebook já comunicou ter dado por encerrada a “sondagem” que, alegadamente, teria como objetivo “agregar dados e respostas” de modo a perceber como as pessoas usam a rede e, consequentemente, poder prestar-lhes um melhor serviço: em parte, estas respostas ajudariam também ao desenvolvimento de algoritmos que permitissem distinguir nomes reais de nomes falsos e contas reais de spam e contas falsas.
Fontes: Forbes
Não foi por acaso que Zuckerberg e companhia definiram diferentes níveis de privacidade para aquilo que é possível publicar na rede. Merthe Weusthuis percebeu-o da pior maneira quando, no passado fim-de-semana, a sua festa de aniversário foi invadida por cercas de três mil convidados que tinham visto o seu convite no Facebook.
Merthe, que pretendia celebrar o seu 16º aniversário na companhia dos amigos mais próximos, criou um evento no Facebook que, num instante, se tornou viral, chegando a quase trinta mil pessoas. Nível de privacidade: zero.
No dia marcado, cerca de três mil pessoas deslocaram-se até à pequena cidade de Haren, de onde Merthe e a família, assustados com a perspetiva da festa, já tinham fugido. Com a situação fora de controlo, polícias e “convidados” envolveram-se em confrontos, com os segundos a lançar pedras, garrafas, petardos e bicicletas e os primeiros a responderem com gás lacrimogéneo e bombas de fumo. Para além disso, houve carros incendiados e estabelecimentos comerciais roubados.
No final, foram detidas 20 pessoas e 25 ficaram feridas.
Segundo conta o site Digital Trends, esta não é a primeira vez que algo do género acontece. Em 2011, uma rapariga na Austrália foi forçada a cancelar a sua festa de aniversário depois de mais de 200 mil pessoas confirmarem a presença no evento, via Facebook. Na Alemanha, uma rapariga também teve uma surpresa quando, no dia do seu aniversário, cerca de 1500 pessoas surgiram na festa – como nos outros casos, a jovem publicara o convite para a festa, sem quaisquer restrições de privacidade, no Facebook.
Fontes: Digital Trends
Skinvertising: o termo não tem correspondente em português – e, neste caso, até é um bom sinal. Espalhadas pelo mundo, dúzias de pessoas, “se não centenas”, segundo o BuzzFeed, venderam parte da sua pele às companhias que lhes oferecessem mais dinheiro, tornando-se uma espécie de cartazes publicitários humanos. Tudo se passou no início do século XXI. Hoje, têm tatuados – nos braços, na nuca, na cara – endereços online de companhias que já nem sequer existem.
De acordo com o BuzzFeed, foi em 2003 que o primeiro anúncio tatuado foi vendido: um espaço na nuca de Jim Nelson. O comprador foi uma empresa de alojamento de internet, a CI Host, que lhe pagou quase 5500€ para que Nelson tatuasse o anúncio e o mantivesse, pelo menos, durante cinco anos.
“Invariavelmente, os únicos negócios suficientemente loucos para pagar por estas coisas eram as empresas de internet. As empresas mais conceituadas não queriam ser associadas a estas manobras e à controvérsia gerada pela compra de carne humana para vender produtos. Eventualmente, os jornalistas, leitores e pessoas dispostas a comprar ou vender anúncios sobre a pele cansaram-se destas “notícias estranhas” e a tendência desapareceu no final da primeira década do século XXI”, recorda o BuzzFeed.
E se muitas das empresas que aderiram à moda já desapareceram, o mesmo não se pode dizer dos seus anúncios, que ainda vagueiam agarrados à pele de quem a vendeu.
Um dos casos mais radicais é o de Billy Gibby. Gibby não só vendeu a pele como também os direitos sobre o seu nome. Hoje, chama-se Hostgator.com e está a tentar convencer mais empresas a juntarem-se ao seu nome, sendo uma das poucas pessoas que ainda vendem espaço publicitário na própria pele. Mas talvez a mais reconhecida “skinvertiser” do mundo seja Karolyne Williams que, em 2005, tatuou o endereço do casino online GoldenPalace.com na testa por quase oito mil euros. Na altura, Williams justificou a sua decisão com a necessidade de pagar a escola privada do filho mais novo.
As crianças que passam demasiado tempo a jogar no computador ou em redes sociais podem vir a sofrer de atrofia cerebral. As hipótese tem vindo a ser avançada pela cientista Susan Greenfield, embora não gere consenso na comunidade científica.
Para defender a sua teoria, Greenfield apresentou dois estudos. O primeiro estudo, levado a cabo com a participação de 18 adolescentes viciados em internet, notou que os jovens demonstravam várias alterações morfológicas no cérebro, proporcionais ao tempo passado online. O segundo estudo, conduzido pela cientista cognitiva Daphne Bavelier, concluiu que jogos de vídeo e internet produzem alterações no comportamento dos indivíduos, embora não seja fácil determinar os aspetos positivos e negativos das mesmas.
A teoria de Greenfield tem esbarrado com a oposição de vários cientistas que consideram os estudos superficiais e ainda incertos e com várias vozes que consideram que a sua tese se baseia mais em julgamentos de valor do que em resultados científicos, demasiado escassos para retirar quaisquer conclusões. Ainda assim, a cientista garante que, caso não haja alterações em breve, quando a confirmação chegar já será tarde demais. Para a cientista, a solução não passa por banir a tecnologia – que, assume, também tem vantagens – mas oferecer uma alternativa às crianças: “Devemos planear um ambiente 3D [para as crianças], em vez de as colocarmos em frente a um que seja bidimensional”.
Fontes: Exame
Não é propriamente uma surpresa, mas uma pesquisa realizada pelo Target Group Index veio comprovar aquilo de que já toda a gente suspeitava: as mulheres retiram mais prazer que os homens do ato de comprar.
Segundo a pesquisa, 55% das consumidoras associam a aquisição de um novo produto a uma sensação de prazer – contra apenas 43% dos homens. Além disso, 51 em cada 100 mulheres compram produtos de uma marca nova por curiosidade enquanto apenas 43% dos homens assumem o mesmo comportamento – medida essa que se reflete, também, na fidelidade que os diferentes sexos assumem perante as marcas: enquanto 54% das mulheres afirmam comprar diferentes marcas para variar, são menos de metade (46%) os homens que respondem da mesma forma.
Apesar da apetência para as compras, também são as mulheres que estão mais atentas aos preços: a pesquisa concluiu que 77% das entrevistadas costumam procurar os preços mais baixos, contra 70% dos homens.
Fontes: Exame
Depois de, no ano passado, a Apple ter exigido a um café alemão que alterasse o seu logótipo, por conter uma maçã, a empresa quer, agora, levar a tribunal uma mercearia polaca.
A justificação encontra-se no nome e endereço online da empresa A.pl e ainda no logótipo utilizado por outra loja online do mesmo grupo, a Fresh 24.pl, que a companhia considera ser demasiado parecido com o seu, podendo gerar confusões. “A empresa considera que a A.pl está a aproveitar-se da sua reputação ao usar um nome parecido com o seu”, explicou o porta-voz do departamento de registo de patentes e marcas registadas da Polónia, muito embora a mercearia online nem sequer venda telemóveis.
Considerando a acusação “absurda” resta à empresa polaca esperar a tomada de decisão, se bem que, qualquer que seja o resultado, ambos os lados têm a possibilidade de recorrer da decisão até ao Supremo Tribunal Administrativo nacional.
Fontes: Público
Provavelmente, não será a melhor forma de aumentar a lista de passageiros frequentes mas a verdade é que as recorrentes atitudes polémicas de Michael O’Leary, diretor executivo da Ryanair, não parecem prejudicar o negócio da companhia low-cost.
Geralmente apontada à concorrência (como aconteceu com a TAP ou a Iberia), a língua afiada de O’Leary virou-se, desta vez, para uma cliente inglesa que, recentemente, veio criticar a companhia nas redes sociais por ter sido forçada a pagar um total de 300 euros para poder embarcar. Suzy McLeod, de férias em Alicante com a família, não cumpriu o regulamento da companhia, que exige que os passageiros levem consigo uma cópia impressa dos cartões de embarque, pelo que teve de pagar mais 60€ por cada um dos bilhetes da família.
Segundo a passageira, o local onde se encontrava não tinha acesso à internet. Mas O’Leary considerou o gesto simplesmente “estúpido”: “Achamos que a Sra McLeod deve pagar 60 euros por ser tão estúpida. Não foi capaz de imprimir os passes porque, como sabem, não há cafés com internet em Alicante, não existem hotéis que o possam fazer por si, nem sequer um fax para onde um amigo possa enviar a folha impressa. Depois chega a casa, vais ao Twitter e, Deus nos acuda, a Ryanair vai ter de mudar as regras? Nem pensar.”
Mais tarde, em declarações ao Irish Telegraph, O’Leary afirmou que não estava a chamar estúpida a esta passageira, mas a “todos os passageiros que acham que vamos mudar as nossas políticas ou taxas”.
Muitos criticaram a forma como a Ryanair lidou com a situação e já há mesmo quem incentive um boicote à companhia aérea mas também há quem se posicione do lado de O’Leary, criticando a passageira por não cumprir com os termos de um serviço com que concordou.
Talvez o sentido de humor de que a Ryanair se gaba tenha ido longe demais desta vez. Resta ver como o episódio se vai repercutir nas vendas da companhia.
Fontes: i online