É a segunda vez em menos de um ano que a L’Óreal vê um dos seus anúncios ser banido no Reino Unido.
Em julho do ano passado, a L’Óreal foi forçada a retirar as imagens publicitárias de Julia Roberts e Christy Turlington depois de Jo Swinson, do partido Liberal Democrata, ter apresentado queixa à ASA – Advertising Standards Authority. O motivo? Demasiado “photoshop”, levando a efeitos exagerados e enganando as pessoas acerca dos resultados dos produtos em questão.
Agora, a mesma Jo Swinson voltou a atacar uma campanha da companhia francesa, desta vez protagonizada pela atriz Rachel Weisz. O anúncio de imprensa, destinado a promover um creme anti-rugas, é composto por uma fotografia a preto e branco da atriz e pela seguinte frase: “A pele parece mais suave, a tez fica mais homogénea. Não é um facelift. É Revitalift.”
Segundo Swinson, o trabalho de pós-produção da imagem terá alterado substancialmente a fotografia original, conduzindo a uma ideia enganadora acerca da performance do produto. A liberal-democrata, que é co-fundadora da Campaign for Body Confidence (Campanha para Confiança no Corpo), acrescentou: “As indústrias da beleza e publicidade têm de parar de roubar os consumidores com imagens desonestas. Tem de haver muito mais diversidade na publicidade – diferentes tons de pele, formatos de corpo, tamanhos e idades. Os estudos mostram que as pessoas querem ver mais autenticidade por parte das marcas. As imagens podem ser aspiracionais sem serem falsas”.
“Embora consideremos que a imagem no anúncio não representa de forma enganadora a luminosidade e rugas do rosto de Rachel Weisz, consideramos que a imagem foi alterada de uma forma que altera substancialmente a sua pele de modo a fazê-la parecer mais suave e homogénea”, considerou a ASA, acabando por ditar que o anúncio seja, mesmo, retirado.
A L’Óreal já disse sentir-se muito desapontada com a decisão da ASA: “Não achamos que o anúncio exagera os efeitos que podem ser conseguidos com este produto”.
Embora o recurso a pós-produção das imagens seja uma realidade constante em todas as imagens publicitárias, há cada vez mais vozes que se erguem contra a utilização destes métodos e em defesa de modelos de beleza "reais" e alcançáveis.
Fontes: Guardian